domingo, 10 de julho de 2011

Não esqueça o agasalho







Não  esqueça o agasalho


  O garoto saíu apressado, passando aos solavancos pelas portas, estara desligado do mundo á sua volta. Imagine! Ele nem escutou o aviso de "não esqueça o agasalho, menino" de sua mãe. Você o está vendo? Isso mesmo leitor, é aquele jovem saíndo daquela casa alaranjada de dois andares. Vamos acompanha-lo? Mesmo porque esta rua está tão parada, passa mais carro que gente. Então vamos lá.
 Nosso novo amigo atravessa alguns passeios, e a medida que vai andando as ruas vão ficando mais movimentadas. Quando chegamos ao que me parece, um grande centro comercial, olhe quanta gente andando neste grande passeio que interliga as lojas. É um sai gente, entra gente. O cara esta indo muito rápido, mal conseguimos alcançá-lo... Espere aí, ele está entrando numa galeria... Olhe lá aquele portão cinza, bora lá!!!
  Chegamos a um espaço bem grande, pintado com cores radicais e com algumas pixações dos artistas que lá se encontram. E lá no fundo, o que vemos? Uma super rampa de skate. Eu chutaria cinco metros, é bem alta... Olha lá parece que o jovem encontrou um amigo.
    -Opá Luiz, beleza cara?
    -Tudo numa boa mano!
   Olha só, agora sabemos que o nome dele é Luiz, e que ele parece gostar de skate, e la vai ele com aquele rapaz ali, e desceram uma escada, ali, há alguns metros a esquerda, viu?... Olha ali, perto da lanchonete... tá vendo aquele banco... vamos sentar lá, assim a gente tem uma visão de um dos lados da rampa. Sente-se aí... isso!... Pois é, caro leitor. Tirei-lhe do conforto para levar-lhe num galpão gigante, com uma mega rampa de skate... Oi, ah, sim, caro leitor, que bobeira a minha! És mais esperto que eu, pois vistes aqueles corrimões há alguns metros dos vestiários, bem observado! Viu aquilo? Lá na rampa, olha lá o Luiz de um lado pro outro na rampa. Que fera que ele é. Um pouco desligado, mas manda bem no skate.
  Com o passar dos minutos várias pessoas começam a entrar no galpão e a ocupar lugar numa média arquibancada, em frente a rampa.
   Pois é, caro leitor. Nós já conversamos bastante e vimos que Luiz é capaz de altas manobras, mas, olhe lá, a lanchonete abriu, nãos sei quanto a você, mas eu já estou com fome! Bora fazer um lanche, olha lá, já tá formando fila no caixa.
  E lá foram, narrador e leitor fazer um lanche. Pegaram uma senha e fizeram seus pedidos. Resolveram sentar na arquibancada para lanchar.
  Oh... Tô te cutucando para você ver... olha lá leitor... o Luiz parece triste, olha só como ele fuça a mochila. Vamos chegar pertinho, como não quer nada para ouvir o que ele está murmurando? Pare de comer... vamos logo.
  E lá fomos os dois.
   Não tenha medo, leitor, estamos pertinho dele, mas ele nem nos nota... ouça!!! -Não acredito que eu esqueci o casaco da equipe... competição daqui a pouco e eu aqui, sem poder competir.- Vamos voltar ao lugar, caro leitor e adimirar as manobras... Sente aí... Ora, tú ficou chateado por causa do Luiz? Mas nos o vimos em casa, todo louco, nem ouviu sua mãe o alertando sabiamente.
  Estavam lá, narrador e leitor, juntos na arquibancada, apenas adimirando os outros competidores, já com o casaco de suas equipes, fazendo altas manobras...até duas garotas estavam competindo.
  E o tempo foi passando lentamente...
  Leitor!... Não se assuste!... Estava destraído?!...Olhe lá... Perto da lanchonete, é o Luiz encontrando com uma moça e ela o está abraçando... Ela tira algo da bolça, viu? E o casaco de Luiz. Provavelmente ela tenha ido ver a competiçao e desconfiou que o garoto não a escutá-ra. Que alíviu, hein leitor? Mas, olhe só, cá estamos nós, ascentados numa arquibancada, num galpão, numa cidade que nem mesmo sei qual é, e acompanhamos a trajetória de um garoto voado que tem uma mãe zeloza. É bom saber que sempre tem alguém se importando pela gente, mesmo quando somos desligados, como aquele rapaz!
   Um som começou a rolar e uma voz a animar as pessoas para o comerço do torneio. Assim narrador e leitor assistiram ao campeonato, sem se importar com nada, o lugar, a hora, o dia. Apenas aproveitar para ver as manobras sem se importar com o resultado, e de vez enquando o leitor pensava na simples, porém preciosa lição que tinha aprendido.


Gabriel Reis escreveu, mas, pode escolher qualquer pessoa, para ser narrador(a). Fique á vontade!

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